Não precisas de dizer nada, que as saudades que tens nossas devem ser iguais às que temos tuas. Vamos já tratar disso: o bar dxs sócixs reabre amanhã, Sexta-feira 12 de Janeiro!

SEX | 12 JAN | 19h30 – 23h | há jantar: 3€/ prato veg
3* músicxs | vamos estar a fazer cartões de sócix 2024: 3€/ano!

O calcanhar de Aquiles dos Sambacalao é não terem estudado a fundo a mitologia grega, daí fazerem analogias que nada têm a ver com a sua música. Ou seja, a erudição académica não é o seu forte e definições não são a sua praia. Mas jeitinho com as palavras eles têm (ah isso têm!!!): com as palavras profundas dos sambas velhos; com as alegrias descritas no samba de roda, com os versos sofridos dos boleros antigos, com a ginga falada de uma coladera, com os agudos inenarráveis de alguns chorinhos malemolentes e até com os argumentos hilariantes de alguma ranchera perdida. Diogo Picão e Olmo Marín, dois ibéricos que se afastaram a nado do mar Mediterrâneo para se aninharem na América do Sul, encontram-se algures entre Lisboa, São Vicente e Recife num triângulo das bermudas só seu onde o frio não entra e as canções são donas e senhoras de tudo. Um deles foi pai e outro furou a orelha, sendo que, até agora, não está provado que algum desses dois acontecimentos tenha alterado as suas belas capacidades musicais. Venham à Sirigaita comprovar.

Diogo Picão – voz, saxofone soprano
Olmo Marín – voz, guitarra de 7 cordas

Venham daí esses ossos!

DOM | 14 JAN | 18h (e não 17h30 como diz o cartaz)
Tertúlia do Colectivo Marxista: O imperialismo, fase superior do capitalismo

De modo a não coincidir com a Manifestação de solidariedade com a Palestina organizada pelo MPPM (ver abaixo), esta tertúlia só começará às 18h e não 17h30 como diz o cartaz.

Já estão aí os novos cartões de sócix, válidos para todo o 2024.
É oficialmente um cartão anti-despejo, dá bem com tudo!

DOM |14 JAN | 15h | Sete Rios (junto à Embaixada dos EUA)
Manifestação FIM À AGRESSÃO! FIM AO MASSACRE!

Aceitamos qualquer oportunidade para quebrar com a paz podre que não pode senão ser interpretada como o branqueamento do genocídio a que estamos a assistir em directo.

Em solidariedade com os companheiros agredidos e detidos no dia 31 de Dezembro de 2023 em Lisboa.

Estávamos todas fora, com as pessoas que estão dentro.

Na tarde de 31 de Dezembro, várias pessoas juntaram-se fora dos
muros do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) em solidariedade e apoio com todas as pessoas presas. Não foi um caso isolado. O gesto de solidariedade acontece todos os anos em vários países do mundo para que os cantos das pessoas que estão “fora” se possam juntar às vozes das pessoas que estão “dentro”.

Em Lisboa, porém, no fim do encontro, um companheiro solidário foi
violentamente detido e um jornalista agredido por vários elementos das forças policiais. Não foi um caso isolado. O aumento da repressão contra quem participa em acções espontâneas e/ou organizadas de solidariedade e de luta é já um facto comprovado neste país. Um facto que não podemos aceitar.

Denunciamos este aumento da repressão, das detenções, e da violência policial. Solidarizamo-nos com quem experimenta esta repressão cada dia, dentro e fora das prisões. Reclamamos o nosso direito de nos manifestarmos em lugares públicos, de
desfilar, de nos juntarmos, de fazer ouvir a nossa voz. Não pedimos autorização para o fazer. O nosso mundo não se alimenta das regras do comando, do dentro e do fora, da hierarquia, e do individualismo a que nos querem confinar. Somos todas. Não existem aqui casos isolados. Queremo-nos livres, alegres, e organizadas.

No dia 31 de Dezembro estávamos todas nas ruas a ali sempre voltaremos, juntas. O ano acabou, a resistência continua.

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[A propósito da repressão do protesto, ver também este texto da equipa legal do Climáximo]

No passado dia 20/12/2023 organizámos uma visita guiada a uma Lisboa despejada… para nada. Visitámos 8 espaços colectivos que foram despejados na última década e picos, pedimos a quem os viveu para falar sobre eles e verificámos, assim, com os nossos próprios olhos e pés, que o que os substituiu foi um «nada cósmico». Não era uma manifestação, mas fomos, quê?, 250?, a brincar à noite na cidade, com regras que nós mesmxs desenhámos. Traçámos o nosso percurso, incomodámos os turistas que queriam entrar para os apartamentos alugados que outrora foram as nossas salas de estar, colámos cartazes da exposição DESPEJADOS PARA NADA* naquelas mesmas paredes, cantámos na rua com o coro da Achada, contámos as histórias daqueles lugares e apontámos os dedos todos a quem tínhamos de apontar. E no fim, comemos a melhor feijoada de sempre na Sirigaita, nesse lugar que se opõe todos os dias ao deserto à sua volta.

Escreveram sobre nós, a nossa campanha anti-despejo e concretamente sobre esta visita, leiam!:
—> Buala (texto muito bom!)
—> Público (com foto-reportagem pq o fotógrafo adorou)
—> A Mensagem de Lisboa (tem uma foto fofa da Catarina e do Antonio)

DESPEJADOS PARA NADA | EXPOSIÇÃO COLECTIVA
Para ver na Sirigaita em todos os seus horários de abertura

—> QUI | 18 JAN | 19h30 – 23h | NOITE DA BIBLIOTECA DAS INSURGENTES
Uma noite para apoiar, ficar a conhecer melhor e participar na nossa biblioteca feminista, social e comunitária, a Biblioteca das Insurgentes. Com jantarinho bom, vídeo-instalação e DJ.

—> SEX | 19 JAN | 19h30 – 23h | AI NHA MÃE PRODUÇÕES
Djs Tigas Migas e Puto Leo misturam afro-techno e techno com hip hop e drum and bass. Energia!

E se gostas de cozinhar: responde a este email, que precisamos muito!
Tentamos sempre ter um jantarinho nas noites em que abrimos o bar dxs sócixs para alimentar quem está de turno, xs músicxs, e quem vem chillar. Os pratos são vegetarianos, têm um preço unitário de 3€ e esse dinheiro reverte para quem cozinha, para compensar os custos e tempo extra. E é uma bela ajuda, porque torna a soirée na Sirigaita mais confortável!

Por incrível que possa parecer, neste pequeno bunker de onde nos querem despejar continuamos a acolher mais colectivos e o calendário de actividades ficou agora maior. Olá, Mulheres que se muravam; olá, Movimento Referendo pela Habitação!

A Sirigaita é um espaço auto-gerido, militante e aberto para e por pessoas associadas. Promove manifestações culturais sem olhar ao lucro, alberga e possibilita a acção de diversos colectivos e grupos. Queres-te juntar à festa?
Escreve-nos: sirigaitalisboa@gmail.com